Nem Spurgeon Acreditaria!!!

Quase ao final de seu ministério, Charles H. Spurgeon escreveu uma série de artigos intitulados por: “O Declínio”. Estava advertindo a igreja de seus dias quanto ao fato de que o cristianismo estava se tornando banal e pragmático. Spurgeon escreveu sobre os modelos, métodos, técnicas e estratégias que estavam sendo utilizados pela igreja de seu tempo, a fim de atrair os não-cristãos para as reuniões catalogadas como “evangelísticas”.

John MacArthur escreveu um livro cujo título é: “Com vergonha do Evangelho”, editado e publicado em português pela editora Fiel. Nesse livro, John MacArthr, que é pastor a mais de trinta anos da Grace Community Church, em Sun Valley, Califórnia, descreve de uma perspectiva amplíssima como as predições de Spurgeon estavam corretas quanto às diretrizes da igreja. O livro “Com vergonha do Evangelho” é uma verdadeira obra prima, por se tratar de exposições fidedignas das Escrituras e por permear suas idéias sobre as predições de um ilustre servo de Cristo como foi C. H. Spurgeon.

Porém o que vou apresentar agora são as conseqüências do declínio citado por Spurgeon, observado por MacArthur, porém extremado em nossos dias, de forma tão horripilante e bizarra que nem mesmo Spurgeon acreditaria nas conseqüências, ou onde desaguaria o declínio do evangelicalismo, com seus métodos pragmáticos de cultuar, na intenção de entreter pecadores.

“A apatia esta por toda parte. Ninguém se preocupa em verificar se o que esta sendo pregado é verdadeiro ou falso. Um sermão é um sermão, não importa o assunto; só que quanto mais curto melhor”

 (C. H. Spurgeon)

Spurgeon estava advertindo sobre o grande erro que os pregadores de sua época estavam cometendo ao trocarem a exposição fiel das Escrituras, por mero entretenimento. Steven J. Larson descreve esse episódio da seguinte forma: “A exposição da Palavra está sendo substituída por entretenimento, a pregação, por espetáculos teatrais, a doutrina, por obras dramáticas, e a teologia por manifestações artísticas”. Os pregadores da época de Spurgeon haviam descoberto uma forma de pregar sem ofender, ou sem confrontar, os pecadores, fazendo o sermão um tanto atrativo, tornando-o mais amigável, e aceitável entre os não cristãos. Em primeiro lugar eles virão que o melhor era não pregar textos que confrontavam suas práticas errôneas, pois isso poderia espantá-los, desta maneira seria mais eficiente (para o enchimento numérico do templo, é claro), pregar mensagens que satisfizessem seus anseios momentâneos, dando ao publico o que eles querem, mesmo que isso comprometa os fundamentos da doutrina Bíblica, prometendo a esses, conforto, felicidade e sucesso, mesmo que fuja de qualquer padrão moral descrito na Fiel Escritura. O segundo ponto que eles encontraram para fazer seus sermões, mais aceitáveis (e isso é a prova de que omitir as verdades bíblicas, somente, não faz do sermão mais aceitável), eles tiveram que dar ao publico aquilo que eles mais queriam. Promessas de prosperidade? Promessas de Sucesso? Curas? Não! Tiveram que oferecer, o que de fato os lobos querem, sermões mais curtos!!! Tiveram que substituir o sermão por uma programação de entretenimento. Vemos que com essa citação Spurgeon estava realmente preocupado com o quadro de onde a igreja poderia chegar com essa insanidade de substituir a pregação por divertimento, ou entretenimento. Mas será que Spurgeon poderia imaginas que chegaria a tal ponto?

Cantores alucinados cantam musicas no qual as letras não tem qualquer intuito de elevar os louvores a Deus, e dançam de maneira extravagante criando nos espectadores um momento de êxtase frenético, envolvendo-os em pulos, gritos, choros e emoções, fazendo-os pensar que tiveram uma experiência, com Deus. Mais que experiência? São emoções, e reações tão vazias, quanto às dos animadores destes palcos nocivos que diminuíram o tempo do sermão, para substituí-lo por dança, musica e gestos totalmente reprovados pela Bíblia.


Irmãos, creio que temos muito a tratar e denunciar sobre esses muitos abusos do evangelicalismo moderno, porém imagino que devo parar por aqui, pois cada uma destas fotos e vídeos nos traz grande pranto, revolta, nojo  e outros  sentimentos que não conseguimos expressar. 

Gostaria de terminar, dizendo que Spurgeon estava certo quando tratou sobre o declínio, porém imagino que nem mesmo ele acreditaria que chegaria a tal ponto. 

“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis” Mt 24. 24-26

Que Deus continue nos abençoando, para que possamos ser firmes contra tais investidas, para que possamos anunciar a mensagem da Cruz, assim como Paulo, que não se envergonhava do Evangelho.

Soli Deo Gloria.

Luiz Brito..